Novos desafios
impostos pela pandemia favorecem opção de adultos e jovens pelo Ensino Médio no
formato EaD
Levantamento do IBGE
indica que mais da metade dos brasileiros não concluiu esta etapa da educação
básica
A conclusão do
Ensino Médio é obrigatória, mesmo assim mais da metade dos brasileiros com 25
anos ou mais não concluiu este nível da educação básica. A Pesquisa Nacional
por Amostragem de Domicílios Contínua (Pnad) de 2019, realizada pelo Instituto
de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que 69,5 milhões de adultos (51,2%)
não concluíram essa etapa educacional. A comodidade e flexibilidade
proporcionada pelo Ensino a Distância (EaD) pode auxiliar na redução deste
número. A procura pela Educação para Jovens e Adultos (EJA) do Centro
Universitário Internacional Uninter no formato EaD, por exemplo, cresceu cerca
de 20% em comparação com o ano passado.
“Observamos que
esta procura aumentou justamente pelos novos desafios impostos pela pandemia ao
mercado de trabalho. Além disso, como trabalhamos no formato EaD, temos a
melhor opção para quem busca conciliar os estudos com jornadas duplas e o
distanciamento social”, comenta Maria Tereza Xavier Cordeiro, professora e
coordenadora do EJA Uninter.
A professora
explica que um dos principais motivos para abandonarem os estudos é a
necessidade de trabalhar, e que a falta de escolaridade impacta diretamente em
indicadores de desemprego e índices de pobreza no País. “Em muitos casos, a
necessidade de trabalhar é o motivo que ‘atrapalha’ a conclusão do ensino
médio. De fato, lidar com a jornada dupla pode ser bem difícil. É um círculo
vicioso, a pessoa para de estudar para conseguir um emprego e acaba não
conseguindo construir uma carreira, chegar a cargos mais altos, porque teve que
abandonar os estudos”.
EJA no formato EaD
Em 2019, mais de
3,3 milhões de jovens e adultos estavam matriculados no EJA Ensino Médio,
segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep). Não há dados de quantos alunos estão fazendo o curso à
distância, mas a modalidade vem se popularizando. “Para o ano que vem, estamos
prevendo aumentar a oferta da EJA em polos de apoio presencial no Brasil”,
comenta Maria Tereza.
O curso EJA da
Uninter é reconhecido por vários Conselhos Estaduais de Educação brasileiros.
Atualmente, a legislação permite que 80% da carga horária da modalidade de
ensino seja ofertada a distância. Além dos encontros presenciais, substituídos
por virtuais durante a pandemia, os estudantes dispõem do Ambiente Virtual de
Aprendizado (AVA) para contatar os professores e tirar dúvidas on-line.
“O EaD
possibilita que os estudantes avancem no conteúdo de acordo com seu próprio
ritmo de aprendizado. A flexibilidade é outro fator crucial, já que a grande
maioria dos alunos tem que se dividir com trabalho, família etc.”, conta a
coordenadora.
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