Escalando o Futuro: estudante da UFPR conquista prêmio nacional com projeto sobre acessibilidade e inclusão
História em quadrinhos sobre deficiente visual
foi escolhida como campeã pelo McDonald's e Aberje; atualmente, multinacional
conta com cerca de 1,5 mil PcD em seu quadro de funcionários
O
McDonald’s e a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje)
anunciaram os vencedores da 2ª edição do Escalando o Futuro, iniciativa das
duas entidades que tem o objetivo de encontrar e desenvolver jovens
talentos em contar boas histórias, proporcionando oportunidades de crescimento
pessoal e profissional. Entre os ganhadores está Cecília Nunes de Sá, 21
anos, estudante de Relações Públicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e
moradora de São José dos Pinhais. O showtime da
final do Escalando o Futuro 2020 pode ser assistido no canal
da Aberje no YouTube.
O
projeto apresentado pela universitária foi uma história em quadrinhos sobre o
McFlurry, uma das mais tradicionais sobremesas do Méqui, e trazia dois
personagens e um cenário: uma mulher com deficiência visual, seu cão guia e uma
sala branca. Pensando na acessibilidade e na inclusão, Cecília decidiu narrar a
história de uma maneira diferente. Na banca, convidou jurados e participantes a
fecharem os olhos e imaginarem, apenas por meio da audiodescrição, cada
elemento que compunha o enredo.
Cecília
conta o porquê de ter decidido apresentar o projeto dessa forma. “O quadrinho
tem um ar de mistério, que dá mais asas à imaginação, já que é preciso
fantasiar o que aconteceu entre um quadro e outro. Na minha apresentação eu
tinha cenário e personagens, e fiz as onomatopeias sozinha. Com isso, provei
que dá para contar histórias sem, necessariamente, visualizá-las e mostrar que
não é difícil ser acessível”, explica.
Acessibilidade
e integração não são temas novos para Cecília, que também os explora em seu
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). No ambiente acadêmico, ela analisa a
comunicação pública digital das universidades federais para os públicos de
pessoas com deficiência sensorial. Daí veio a inspiração de explorar o assunto
para suas ideias no Escalando o Futuro. “Eu sabia que queria trazer
acessibilidade de uma forma diferente, brincando com os sentidos e a imaginação
das pessoas. Então, juntar esse elemento à história me faz acreditar que trará
mais visibilidade ao tema. Comecei a listar as possibilidades de como fazer
isso e surgiu a ideia da Sala Mágica”, conta Cecília.
O VP
de Comunicação da Arcos Dorados, David Grinberg, afirma que o projeto da
estudante de RP tem muito a ver com os pilares de inclusão social estabelecidos
pela empresa. “É contínua nossa dedicação para fazer do Méqui um ambiente cada
vez mais diverso, acessível e inclusivo para funcionários e clientes. Tanto que
em nosso quadro de funcionários temos cerca de 1,5 mil PcD, que atuam em
variadas funções em todas as regiões do Brasil. Então, é muito válido integrar
essa pauta em todos os nossos canais”, ressalta.
Outros
projetos
Em
2020, as etapas foram realizadas de forma 100% online, possibilitando a
participação de jovens de todas as regiões do Brasil. Na etapa final e na live de premiação, 12
projetos foram apresentados. Esses preencheram quatro critérios estabelecidos
para balizar a avaliação dos jurados: criatividade em storytelling, adequação
do projeto com a mídia escolhida, relação e envolvimento com a marca e
razoabilidade de aplicação. “Avaliamos critérios técnicos, linguagem do texto,
a sacada e a originalidade. A maioria dos projetos abordou questões
contemporâneas ligadas à sustentabilidade, à inclusão e à diversidade. O nível
dos trabalhos foi excelente”, considerou Hamilton dos Santos, Diretor-Geral da
Aberje.
Juntamente
com Cecília, outros dois projetos foram vencedores e receberam a premiação de
R$ 4 mil. Os escaladores Manoela Cavalheiro, funcionária do Méqui no Rio Grande
do Sul, e Italo Brasileiro, que cursa Ciências Biológicas na Universidade
Federal da Bahia (UFBA), pensaram em uma websérie interativa que fala
sobre escolhas e de como pequenos detalhes podem mudar a vida das
pessoas. Já a ideia de curta-metragem chamado “O que desejo”, uma
“dramédia” pensada por Victor Prado, estudante da Universidade Federal
Fluminense (UFF), contou a história de um jovem que tem medo do futuro e de
tomar decisões.
Oportunidade
de Desenvolvimento aos Jovens
O
McDonald’s é uma das empresas que mais gera oportunidade de primeiro emprego no
Brasil. Do total de colaboradores da empresa, cerca de 70% tem menos de 21 anos
de idade e está em sua primeira experiência profissional. Foi alinhada a esse
propósito que a empresa se uniu à Aberje para criar o programa Escalando o
Futuro, uma iniciativa em que a marca aposta para contribuir com o futuro dos
jovens talentos da comunicação no país.
História
campeã da edição 2019 vira websérie
A
primeira edição do Escalando o Futuro foi lançada em 2019. Um dos vencedores da
edição foi o universitário Leonardo Marin, ex-funcionário da rede, que
teve seu projeto transformado em uma websérie produzida pelo McDonald’s.
Com
o título “Meu Primeiro Emprego”, a série conta a história da Hannah, uma jovem
que está realizando o sonho do primeiro emprego no McDonald’s e, com a ajuda de
uma fada-madrinha, vai tentar fazer do seu primeiro dia um sucesso. Os vídeos
já estão disponíveis no site corporativo e no canal
do Youtube da Arcos Dorados, empresa responsável por operar a marca
McDonald’s na América Latina e Caribe.
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