A Resistência precisa ser lembrada!

Todos os dias pelo menos um judeu, um negro ou um homossexual se lembra das atrocidades do passado, e com isso do que foi o Holocausto. Isso Jamais deve ser esquecido, mas devemos lembrar também de quem foi resistente

Ao escrever um livro sobre a Segunda Guerra Mundial, Rodrigo Trespach não deixou de lembrar do lado glorioso da história, a resistência. A sua abordagem na obra Personagens do Terceiro Reich, publicada pela Editora 106, inovadora e pouco usada no Brasil, apresenta a trajetória e a intimidade de importantes personalidades que de alguma forma participaram para que um dos momentos mais sombrios da Alemanha acontecesse, e terminasse.

Para endossar um discurso necessário, de que existem pessoas do lado do bem em qualquer guerra, por pior que ela seja, vamos relembrar ou conhecer aqueles que deixaram sua marca na história lutando e se posicionando contra um dos maiores absurdos da humanidade.

- Pastor Dietrich Bonhoeffer: falou publicamente sobre a necessidade de exposição e articulou várias tentativas de derrubar o ditador. Tentou trazer mais força aos opositores a partir de uma viagem à Inglaterra, mas sem sucesso. Tentou ferrenhamente propostas de paz, e até atentou contra vida de Hitler em Stauffenberg, mas seu final foi ser enforcado, nu e com as mãos amarradas.

- Bispo Clemens von Galen: uma das vozes mais fortes contra o Führer dentro da igreja católica. Criticou abertamente muitas práticas do nazismo, pregou incansavelmente contra o assassinato de pessoas com deficiência mental e física, a desumanidade e a barbárie, até Hitler ser obrigado a desistir do programa, pelo menos, oficialmente.

- Rosa Branca: movimento estudantil liderado pelos irmãos Scholl. Distribuíram milhares de panfletos arriscando as próprias vidas, sendo guilhotinados pela coragem.

- Wilhelm Canaris: chefe da Abwehr, mas não se engane, foi desta forma que conseguiu sabotar o Serviço Secreto Alemão e manter os aliados informados dos planos nazistas. Além disso, permitiu a fuga de judeus alemães. Foi humilhado, espancado e executado a mando de Hitler.

- Claus von Stauffenberg: depois de muitas tentativas que não deram certo, ele mesmo decidiu colocar uma bomba na mesa de mapas do Führer, na temida Toca do Lobo, que provocou algumas queimaduras e arranhões ao Hitler. No fim, foi preso e fuzilado.

Esse foram os nomes mais conhecidos da resistência. A bravura de enfrentar, ou apenas de se opor a um governo como o do Hitler, era desafiador e suicida. Precisamos lembrar também essa parte da história, para sempre encorajar os que são oprimidos.

Sobre o autor: Rodrigo Trespach nasceu em Osório, RS. É historiador, pesquisador e autor de doze livros, entre eles, O Lavrador e o Sapateiro (2013), Quatro Dias em Abril (2016), os quatro livros da coleção Histórias não (ou mal) contadas (2017 e 2018) e 1824 (2019). Também é autor de diversos artigos e matérias para jornais e revistas nacionais e internacionais. Veja mais em rodrigotrespach.com

Sobre a Editora 106: é o resultado do encontro entre a psicanalista Fernanda Zacharewicz, que já editava obras na área da Psicanálise na Aller Editora, e o jornalista Omar Souzapublisher com mais de 20 anos de experiência. Diferentemente de outras editoras, a marca tem diversificação nos gêneros o que não deixa dúvidas de que há 106 editoras em uma só. Os subselos: 106 Biografias, 106 Ideias (ensaios, Filosofia, História etc.), 106 Pessoas (desenvolvimento pessoal, espiritualidade, negócios etc.), 106 Histórias (ficção histórica e contemporânea), 106 Clássicos (obras e autores consagrados), 106 Crônicas (textos produzidos por alguns dos melhores cronistas nacionais e internacionais), entre outros, são o compromisso da editora em representar os mais diversos públicos. A exceção será a Aller, já consolidada no universo psicanalítico brasileiro e que identificará os livros publicados para esse segmento.

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