Se
ainda estamos tentando entender a geração dos Millennials (Geração Y), dos
nascidos entre 1980 e 1994, chamo a atenção de vocês para a Geração Z, dos
nascidos entre 1995 e 2015, e que hoje representam em torno de 25% da população
mundial. No Brasil, são aproximadamente 30%, ou seja, 30 milhões de brasileiras
e brasileiros pertencem a essa geração.
As
empresas devem se antenar em como se comportam as pessoas que nasceram a partir
dos cinco últimos anos do século passado, elas estão consumindo e são
completamente diferentes das gerações anteriores. São de fato, os
transformadores da forma de consumir, de compartilhar a cultura, de trabalhar e
de influenciar.
São
os nativos, que ainda davam os seus primeiros passos quando a Google foi criada
em 1998, e hoje, são os principais produtores e consumidores de conteúdo em
diversos sites e plataformas, no qual o grupo agrega. São consumidores
engajados em grandes causas sociais, como o combate à pobreza, racismo,
homofobia, ou seja, não colocam ‘filtros’ nas defesas de suas causas, eles a
realizam, e não apenas digitalmente. São mais práticos e influenciam todo um
ecossistema para caminhar ao seu lado.
É
importante entendermos os consumidores por suas gerações: temos de início os
Baby Boomers que são os nascidos entre 1944 e 1964, a Geração X, dos nascidos
entre 1965 e 1979, e os Millennials (Geração Y), nascidos entre 1980 e 1994.
Estamos
vivendo uma realidade compartilhada, bem longe dos ensejos dos Baby Boomers e
da Geração X, que buscavam a meritocracia como conceito de vida: a casa
própria, a família Doriana, aquela hospedagem em um resort em Salvador e o
carro era o status do sucesso profissional. Hoje, temos a Uber, o Airbnb e a
propriedade compartilhada. A geração Z tem a consciência que ela não é apenas
cidadã de seu país, ela é cidadã do mundo.
Nesse
contexto, vemos pessoas simples tornando-se influenciadoras, ocupando o espaço
que outrora era da propaganda. Em um mundo tão complexo, perigoso e confuso, o
simples passa a ser uma ferramenta poderosa de comunicação. Na semana passada,
por exemplo, minha filha de nove anos que tem 124 mil seguidores no Tik Tok –
em sua maioria crianças – estava me explicando como funciona a timeline da
ferramenta, e como ela produz seus vídeos para ganhar destaque.
O Marketing se estrutura em meio as suas estratégias, pelo contexto. É o momento de entendemos como a Geração Z, por meio de seus influenciadores, passa a nos ensinar uma lição importante: tudo é possível com persistência. Mas para isso, tais profissionais também devem desenvolver as suas competências digitais.
Elizeu
Barroso Alves é coordenador dos Cursos de Gestão Comercial e Varejo Digital do
Centro Universitário Internacional Uninter.
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