Com
a pandemia da covid-19, muitas empresas precisaram adaptar seus modelos de
trabalho e uma nova rotina surgiu nas organizações e nas vidas dos
colaboradores: o home office. Mas apesar de a pandemia persistir, muitas
empresas já estão pensando no ‘novo normal’ e na volta aos escritórios.
O
tema foi tratado no Comitê de Assessores Executivos, em um dos encontros de
discussão promovidos mensalmente pela Amcham Curitiba. Na ocasião, a assessora
executiva da fabricante de eletroeletrônicos Siemens, Cibele Ortega dos Anjos,
trouxe um panorama da mudança causada pela covid-19. ‘‘Junto com a pandemia,
várias mudanças, em vários âmbitos, chegaram no campo da economia, como a
diminuição da renda das pessoas e das empresas, reduções das exportações de
matéria-prima, distanciamento e isolamento social e muitos outros’’, diz a profissional
com 20 anos de experiência.
Por
conta do atual momento, muitas empresas precisaram se adaptar, e a previsão é
de que, quando os trabalhadores retornarem aos escritórios, a realidade será
diferente daquela deixada antes da pandemia. ‘‘Temos uma previsão de que o
trabalho remoto e essa flexibilidade é uma tendência antecipada em dez anos’’,
diz. ‘‘Além disso, o mercado de coworking vem crescendo cada vez mais, o que
também é algo antecipado; também tivemos a quebra do paradigma de que trabalho
remoto pode não gerar produtividade. Temos novas formas de desenvolver as
atividades que estão surgindo, novos formatos de gerir pessoas como a inovação
por meio do debate de ideias, e possíveis mudanças na legislação brasileira
para adequarmos tudo isso’’, conclui Cibele.
De
acordo com pesquisa da consultoria PwC, em abril de 2020, 49% das companhias
disseram que estavam planejando fazer do trabalho remoto uma opção permanente
para funções que permitissem a mudança. A pesquisa ainda traz dicas de como
fazer essa retomada de modo seguro e produtivo:
- Desenvolva um plano e uma estratégia - foco nas
pessoas, na produtividade e em como cada um trabalha;
- Gerenciar a saúde e a segurança – usar os dados como
uma bússola;
- Conduzir e comunicar as mudanças – orientar-se por propósito,
otimismo e clareza;
- Operar de acordo com novas demandas – adaptar-se às
novas condições;
- Repensar as instalações e tecnologia – pensar em como e
onde as pessoas trabalham;
- Desenvolver políticas e culturas empáticas – ser
sensível às situações enfrentadas pelas pessoas.
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