A reinvenção da docência

De repente a escola está fechada. Nossa casa passa ser a escola.  Varandas, calçadas, jardins passam a ser espaços de aprendizagem das atividades recreativas. Sala de estar, dormitório, cozinha ou aquele quartinho da bagunça onde o sinal é melhor agora é a sala de aula. A sala de professores passou a ser a plataforma de vídeochamada. Nosso diálogo é um link. Nossos cadernos são aplicativos. A lousa é a tela do computador. As “tias” não estão mais nos corredores. De repente, a clientela escolar aumentou e a família toda matriculou-se.

O cenário de excepcionalidade nos obriga a nos desvestirmos de práticas e condutas naturalizadas e nos convida a ingressarmos em plataformas virtualizadas. A inquietude toma conta. A incerteza aflora. O que parecia certo, não é mais. Reinventar-se torna-se imperativo. Mas, como ensinar a distância, sem nunca ter aprendido?

O desassossego diante do inusitado, faz com que descobríssemos o exercício da docência com outra roupagem. Assim, como o dia, o ano e as estações, são ciclos que definem o ritmo e o percurso das coisas, também nossos pensamentos, escolhas e atitudes ganham novos movimentos.

Tudo no mundo, incluindo o próprio mundo pode ser curvo, torto, mas também pode ser “rosa”, depende da percepção e do olhar que cada um lança sobre o cenário, as coisas e as situações. Afinal, somos responsáveis pelos pensamentos que habitam nossa mente e escolhas que direcionam o itinerário de nossas vidas.

E foi nesse contexto insano e adverso que docentes e colaboradores maristas se fortaleceram na 8ª estrela da Coroa de Maria: Perseverantes nas crises e nas dificuldades.

 

Elisete Marisa Peruzzo, coordenadora da Educação Infantil e Ensino Fundamental 1 do Colégio Marista Frei Rogério


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