Tecnologia auxilia mercado de papel tissue em tempos de alta demanda


Escassez de itens como papel higiênico e papel toalha pode ser revertida com recursos em máquinas e equipamentos, sem encarecer produção
O movimento de "panic buying", a compra motivada pelo pânico, é perceptível em todo o mundo. À medida em que o coronavírus se propagou, a sensação de escassez acompanhou a população e alguns itens foram mais requisitados nos supermercados, como o papel higiênico. O componente emocional na hora da compra em momentos críticos como este, e a sensação de segurança que um item higiênico e de bem-estar proporciona, gera a alta demanda. 
A indústria de papel tissue, responsável pela produção de papel higiênico, lenços e toalhas de papel, por exemplo, tem a missão de atender tal demanda, e enfrentar os momentos de incerteza econômica, além de saúde, com sustentabilidade no processo e na economia de energia e insumos.
"Nós, produtores de tecnologia para este setor, buscamos resultados que ofereçam redução de energia e de custos de operação. O cenário de custo operacional de dez anos atrás oferecia um lucro sustentável ao produtores de tissue. Este foi diminuindo ao longo dos anos até o cenário atual de menor lucro, devido aos incrementos de custos de matérias-primas como celulose, energia e mudanças de mercado em busca de mais qualidade. Além do improvável, como uma pandemia. Por isso, a Valmet desenvolve diferentes tecnologias para dar suporte às indústrias em tempos como esses, como, por exemplo, tecnologias híbridas chamadas de NTT, QRT e e-TAD, que oferecem flexibilidade para produzir papel tissue convencional, mas de forma rápida pode-se mudar a configuração da máquina e produzir papel premium, de maior qualidade. O produtor consegue transitar neste mercado com apenas a mudança de uma vestimenta, com agilidade e adaptabilidade, aumentando sua produtividade em momentos de grande demanda", comenta o diretor da linha de negócios de papel da Valmet, principal fornecedora de tecnologia para a indústria de papel, celulose e energia, Rogério Berardi.
O mercado é cada vez mais exigente - em São Paulo, por exemplo, até 2019, foram consumidos aproximadamente nove quilos e meio de papel tissue a cada habitante, por ano. As novas tecnologias podem auxiliar o setor, oferecendo mais produção, qualidade, economia de energia e fibras de celulose ou aparas em até 30%, que encarecem a produção. Tais recursos podem ser aplicados em configurações de máquinas já existentes, que utilizam o processo convencional de produção de papel tissue.
De acordo com os últimos dados da Fastmarket Risi, a América Latina vem se tornando cada vez mais importante no mercado tissue, representando um 11,1% de consumo frente a outras regiões, demonstrando autossuficiência. Dentre os principais mercados latino-americanos de tissue, em primeiro lugar está o Brasil, com 31,2%.

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