Edital oferece recompensa financeira a proprietários de terras que preservarem áreas naturais


Projeto tem o objetivo de incentivar a conservação de remanescentes florestais e a manutenção da qualidade da água do Reservatório Piraquara 1, importante manancial da Região Metropolitana de Curitiba
Proprietários que preservarem áreas naturais localizadas na região do Reservatório Piraquara 1, na Região Metropolitana de Curitiba, poderão receber uma recompensa financeira. Essa é a proposta do projeto de pagamento por serviços ambientais (PSA) Manancial Vivo, criado pela Prefeitura de Piraquara com o objetivo de incentivar a conservação de áreas naturais, localizadas em áreas particulares, estratégicas para a garantia da quantidade e qualidade hídrica de um dos principais mananciais de abastecimento da Grande Curitiba.
Nesta semana, a Prefeitura Municipal de Piraquara, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a Sanepar, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a SPVS, o poder legislativo municipal e o Conselho Municipal de Meio Ambiente lançaram o edital que selecionará as propriedades que serão beneficiadas pelo programa durante três anos. Interessados têm até o dia 6 de junho de 2019 para se inscrever.
Segundo o coordenador de Soluções baseadas na Natureza da Fundação Grupo Boticário, Renato Atanazio, o pagamento por serviços ambientais é uma forma eficiente de garantir a conservação dos ambientes naturais que atuam como “esponja” – retendo a água na bacia, o que garante o recurso em períodos de estiagem – e como filtros naturais que reduzem significativamente os custos de tratamento de água. “Esses ambientes são também chamados de infraestrutura natural por serem parte indispensável para o funcionamento do sistema de abastecimento público. Como muitas destas áreas estratégicas estão situadas em áreas particulares, exigindo a restrição de uso e adoção de boas práticas, nada mais justo que haver uma retribuição a esses proprietários” destaca.
Os selecionados pelo edital poderão receber de R$ 81,30 a R$ 650,40 por hectare de área natural preservada. Ao todo, R$ 750 mil serão disponibilizados em três anos de projeto.
A ação começou a ser desenhada em 2014 com apoio da iniciativa Oásis, criada pela Fundação Grupo Boticário para incentivar e promover a valorização dos ambientes naturais por meio de mecanismos de incentivo econômico a proprietários que se comprometam com a conservação de áreas naturais e a adoção de práticas conservacionistas de uso do solo.

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