Duas
vezes por ano, no início do outono e da primavera, ocorre no mundo um fenômeno
da natureza conhecido como equinócio, quando o dia e a noite têm a mesma
duração. Quando o relógio da natureza marca o equinócio da primavera, todos os
dias que seguirão terão um minuto a mais de sol do que o anterior. Inicia-se
então, o ciclo de reprodução para muitos animais, assim como o crescimento das
plantas, que alimentam os herbívoros e, por sua vez, servem de alimento para
seus predadores.
Esses
e diversos outros acontecimentos científicos são explicados em forma de
crônicas na obra “O Equinócio dos Sabiás: Aventura científica no seu jardim
tropical”. “Durante a produção das crônicas, procurei mostrar que existe uma
comunidade ecológica extremamente complexa no quintal da casa do leitor, e que
ele, o leitor, pode contemplar e entender a interação dos seres vivos que ali
habitam, mesmo que seu quintal seja apenas um vaso encostado num canto qualquer
da casa”, explica o autor da obra, Marcos Rodrigues.
O
livro, produzido com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza,
em parceria com a Editora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é
organizado em 41 crônicas que podem ser lidas separadamente e que, juntas,
percorrem 12 meses, tratando de maneira simples as relações ecológicas entre as
espécies de animais e plantas que ocorrem num jardim tropical qualquer.
Para
o autor, a divulgação científica para o público geral é rara no Brasil e é
preciso que os conhecimentos sobre a natureza cheguem a um número cada vez
maior de pessoas . “O país precisa se desenvolver em todos os campos da vida, e
não há desenvolvimento sem livros. Um país se faz com homens, mulheres e
livros, já disse Monteiro Lobato.
O Brasil ainda se encontra muito atrasado
neste aspecto porque lemos pouco. No caso dos cientistas, precisamos devotar um
tempo a passar nossas descobertas para a população de uma maneira mais
interessante, menos técnica. Precisamos falar um pouco mais com o público
leigo, que não tem uma noção clara que suas vidas estão permeadas e dependentes
totalmente da ciência. Espero que meu livro chegue a essas pessoas”, ressalta.
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