Vegetarianismo desafia estabelecimentos a criarem cardápios diferenciados


A busca por uma alimentação saudável, potencializada pela preocupação com o meio ambiente e com a exploração animal, tem levado várias pessoas a optar por formas de eliminar carnes e derivados do cardápio. No Brasil, 14% da população acima de 16 anos se declara como vegetariana, segundo pesquisa realizada em 2018 pelo Ibope Inteligência. O fato de mais de 28 milhões de brasileiros terem optado por esse tipo de alimentação estabeleceu um novo desafio para restaurantes, bares e até panificadoras, que tiveram que começar a se preocupar com as opções de cardápio, divulgando com mais clareza os ingredientes utilizados nos produtos disponíveis.
Os hotéis, locais que recebem hóspedes com perfis variados, também tiveram que se adaptar: segundo a nutricionista responsável pelo cardápio saudável do Marriott São Paulo Airport, Glenda Cristina de Souza, o hotel verificou nos últimos anos um aumento na procura por pratos que não levam carne. “Nós já tínhamos algumas opções, mas, com a demanda cada vez maior, desenvolvemos desde sanduíches a pratos principais sem carne”, relata. Ela revela ainda que a preocupação não é somente com opções vegetarianas, mas também com a origem dos alimentos: “Normalmente, quem opta por excluir alimentos de origem animal também está mais preocupado com a saúde. Por isso, trabalhamos com frutas, verduras e legumes frescos, dando preferência aos alimentos orgânicos e sem agrotóxicos”, complementa.
Dentre as escolhas disponíveis, o hotel destaca o sanduíche vegetariano, composto por pão integral, berinjela, abobrinha grelhada e tomate; o palmito grelhado com aspargos frescos ao molho Holandês; e o risoto de legumes com queijo brie. “Como também temos clientes veganos, que são aqueles que não consomem nenhum derivado de origem animal, adaptamos cada um dos pratos disponíveis conforme a necessidade, retirando itens como queijo e manteiga, por exemplo. Esse cuidado também é tomado com hóspedes com restrições alimentares, como intolerância à lactose e ao glúten”, finaliza Glenda.

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