Com
13 horas ininterruptas de oficinas, shows, palestras, bate-papos e atrações
para toda a família, a Mostra de Profissões da Universidade Positivo (UP)
recebeu mais 10 mil pessoas na quarta-feira (1°), em Curitiba. Entre estudantes
de escolas públicas e privadas do Paraná e Santa Catarina, universitários e
público em geral, o evento ofereceu atividades para ajudar os vestibulandos na
escolha da profissão. Realizada desde 2001 nos meses que antecedem o
vestibular de verão, o evento recebeu, nos mais de 400 mil metros quadrados do
câmpus Ecoville, um número recorde de visitantes.
Um
estudo realizado pela Universidade Positivo (UP), de Curitiba (PR), mostra que
um a cada quatro vestibulandos ainda não escolheu a graduação que pretende
cursar em 2019. O estudo foi feito com os estudantes inscritos para a Mostra de
Profissões da UP. Com mais de 50 cursos à disposição, a grande maioria dos
estudantes optou por Medicina (9,91%). Em segundo lugar, vem o curso de Direito
(8,22%) e, em terceiro, os indecisos (6,37%), que afirmaram ainda não terem
escolhido o curso e, por isso, vão participar do evento.
Analisando
mais detalhadamente os dados, a pesquisa mostra que 24% dos vestibulandos
citaram cursos muito diferentes entre a primeira e a segunda opção, como
Medicina e Engenharia Civil - ou Odontologia e Ciências Contábeis -, por
exemplo. Para o reitor da UP, o economista José Pio Martins, essas dúvidas
representam um grave problema para o Ensino Superior do país. "Dados
divulgados recentemente dão conta de que metade dos ingressantes em cursos
universitários em 2010 trocaram de turma, curso ou instituições, ou abandonaram
o curso", conta Martins.
Segundo
ele, essa situação desemboca em problemas como a demora na qualificação
profissional da população em condições de trabalhar; o desperdício de grande
massa de força de trabalho, que fica desempregada ou subempregada, quando podia
estar ajudando a produzir; o aumento dos gastos do governo com programas
sociais e ajuda financeira aos desempregados; o baixo crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB); e o atraso na redução da pobreza. "Para o setor
educacional em si, sobretudo no segmento das Instituições de Ensino Superior
(IES), esse quadro representa ociosidade de vagas, ociosidade de investimentos,
perda de capacidade lucrativa e necessidade de reorganizar suas estruturas e os
cursos a serem ofertados", explica o reitor.
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