O
Plano Nacional de Educação, em vigor de 2014 a 2024, traz 20 metas com 254
estratégias para a melhoria da educação. Entre essas metas, que estão divididas
nas etapas do ensino e na valorização dos profissionais do magistério, também
está prevista a avaliação da qualidade da educação nacional.
O
Ministério da Educação divulgou, no fim de junho, que a educação infantil será
avaliada pela primeira vez no ano que vem pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O que é uma grande novidade,
pois, atualmente, as avaliações nacionais são aplicadas apenas a partir do
ensino fundamental.
A
ideia é que professores, dirigentes e equipe escolar respondam um questionário
sobre a estrutura da instituição e a formação que está sendo oferecida aos
alunos, para investigar as condições necessárias para o desenvolvimento das
crianças. Além dessa investigação, a intenção é que os pais e responsáveis das
crianças também possam participar do processo. Essa é uma das diferenças da
avaliação do ensino infantil, pois, nesse caso, os avaliados não são as
crianças, mas os meios que fornecem a educação às crianças.
O
tema avaliação é sempre complexo, seja em que área do conhecimento for. Por
isso, nos permitimos questionar sobre que medidas o Ministério da Educação
tomará a partir do levantamento desses dados e qual será o seu benefício em
termos de educação?
Fazer
uma pesquisa só por fazer, sem apresentar uma proposta de ação para a melhoria
do setor, não tem sentido. Acreditamos que o Ministério da Educação precisa
levar em consideração a educação infantil, até porque ela é a base do
desenvolvimento da criança, mas os objetivos desse levantamento, assim como as
ações que serão realizadas a partir desses dados, ainda não estão bem claros.
Sabemos
que no Plano Nacional de Educação determinou a criação de uma Base Nacional
Comum Curricular e nela, que foi aprovada em 2017 e deve estar em prática até
2019, uma mudança significativa está por vir: o adiantamento da alfabetização
para o 2º ano.
A
partir do momento em que são feitas mudanças no sistema educacional, é preciso
automaticamente avaliar o projeto, para continuar com sua execução ou aparar as
arestas que aparecerem no caminho. Os primeiros resultados efetivos devem
aparecer a partir de 2021. Resta saber se a metodologia de avaliação aplicada
vai apontar os índices com lealdade e propriedade para medir a nossa educação
infantil.
Autoras:
Dra.
Marcia Regina Mocelin (PhD) é coordenadora dos cursos de Segunda Licenciatura e
Formação Pedagógica do Centro Universitário Internacional Uninter.
Me.
Gisele do Rocio Cordeiro é coordenadora do curso de Pedagogia do Centro
Universitário Internacional Uninter.
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