A competitividade
é um ponto sensível em todos os debates sobre o empreendedorismo no Brasil. A
realidade do país é de menos produtividade e competitividade, mesmo quando
comparada à de outros países em desenvolvimento. Em palestra no Comitê de
Tecnologia e Inovação da Câmara Americana de Comércio (Amcham-Curitiba), o CEO
da HAG Consulting & Ventures, Rodrigo de Alvarenga, não fugiu aos fatos,
mas destacou que o momento é também de oportunidades para as empresas dispostas
a se reinventar. A venture builder trabalha com análises amplas de negócios,
ajustando elementos e processos para que empresas nacionais se tornem aptas a
competir em condições de igualdade no mercado global.
Para se preparar
para o futuro, Alvarenga destacou que os empreendedores do país têm de esquecer
alguns mitos, como “o mercado brasileiro é muito grande, por isso não é
necessário explorar outros mercados” ou “é preciso dominar o mercado nacional
antes de buscar o mercado global”. O mentor e investidor, com diversas
experiências internacionais no desenvolvimento de empresas, afirma que a
mentalidade adotada pelas startups
pode ajudar os empresários e os executivos a se adaptarem ao novo mercado
conectado. “O que podemos e devemos fazer é repensar tudo. É algo que toda
empresa pode e deve tentar”, sugere Alvarenga.
Segundo ele, essa trajetória
passa por três pontos: desenhar soluções para necessidades globais, com ideias
ousadas que considerem um possível ganho de escala; construir um planejamento
que preze pela eficiência em todos os processos, utilizando todas as vantagens
proporcionadas pelas novas tecnologias; e, por fim, levantar velas e lançar a
empresa no mercado global, com uma base sólida de dados e uma atuação
conectada. "O que vale de verdade não é a ideia, e, sim, a execução e a
equipe envolvida nela”, conclui.
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