Para comemorar 30
anos de práticas artísticas, o artista visual Luiz Gustavo Vidal desenvolveu o
projeto de revitalização da fachada do Edifício 13 de Maio, que fica no bairro
São Francisco, em Curitiba. A obra, um painel gigante com desenho de sua
autoria, foi executada com o auxílio dos também artistas Elvo Benito Damo e
Maria Helenza Zaparolli, e será um grande presente para a capital do
Paraná.
O painel será
montado com inúmeros azulejos que passaram individualmente por um longo
processo manual de queima a aproximadamente 900ºC, para fixação da imagem e
posterior conservação. Essas peças começam a ser instaladas na fachada do
edifício a partir do dia 20 de maio e a inauguração está prevista para a
primeira quinzena de junho.
Vidal, que preside
a APAP/PR (Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná) e a
Comissão Especial de Cultura e Arte do Conselho Federal da OAB, salienta que a
ilustração foi concebida para abordar a mobilidade urbana, e a época em que os
animais de locomoção de outrora são substituídos por máquinas simples, como a
bicicleta. Para viabilizar a proposta, ele conta com o apoio da Elejor
(Centrais Elétricas do Rio Jordão) e da Prefeitura e da Fundação Cultural de
Curitiba, que auxiliam na logística do projeto.
Pintor,
desenhista, ilustrador, gravador, realizador de arte digital e urbana, Vidal
lembra que ficou muitos anos namorando aquele paredão do edifício até conseguir
falar com os condôminos. “O projeto tomou proporção e é uma obra muito cara,
onde a maior parte dos recursos é própria. No entanto, mais importante que
estar dentro de um museu, onde menos de 5% da população entra, é ganhar a rua e
atrair a população. Isso é a coisa mais prazerosa para o artista. Esperamos que
essa ação, que vai de encontro com a revitalização e ocupação do centro da
cidade se espalhe e que também outros artistas também possam fazer isso, pois
temos qualidade e técnica para ganhar o mundo.”, ressalta.
Realmente o maior
desafio de um artista visual é levar a sua obra para a rua e o espaço urbano,
onde ele pode dialogar e entrar em simbiose com o meio.
O artista ainda
definiu com o fotógrafo Rubens Sebastião Niemitz Jr. que todo o registro
fotográfico da produção da obra será doado para a Casa da Memória, para que
possa servir de fonte criativa de pesquisa.
Vidal também está
trabalhando para lançar um livro contando um pouco mais da sua série
“Mobilidade Urbana” e da trajetória do seu painel, bem como está programando
realizar duas exposições com suas obras (indoor e outdoor), além do lançamento
de produtos culturais (gravuras, moda autoral, louças, entre outros). Mas para
que seja possível a realização do projeto em sua plenitude, Vidal ainda procura
por parcerias, sublinhando que conta com aprovação para captação de recursos
por meio da Lei Rouanet do Ministério da Cultura.
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