Uso de redes sociais em ambiente empresarial afeta produtividade e pode gerar demissão por justa causa
"A
liberdade de expressão é garantida constitucionalmente, mas precisamos lembrar
que nosso direito existe até começar o direito do outro." Foi assim que a
advogada Cíntia Lanzoni, atuante na área de Direito do Trabalho, deu início ao
encontro do Comitê Estratégico de Capital Humano, na Amcham-Curitiba, no início do mês.
A
advogada esclareceu dúvidas, compartilhou casos e explicou situações chave no
comportamento dos funcionários nas redes sociais. Estiveram em pauta questões
como crimes contra a honra, preconceito, racismo, assédio moral e
produtividade. "Algo que começa como uma manifestação do contratado contra
o empregador pode se tornar uma ofensa à moral, ou até mesmo uma calúnia, e,
assim, foi praticado um crime em ambiente virtual", completa.
Mas,
as redes sociais também podem trazer benefícios para o empregador, auxiliando
na comunicação, agilidade e integração dos colaboradores. "É um
facilitador, porém necessário ser usado com cautela, para não correr riscos de
jornadas extraordinárias por meio do uso constante do whatsapp, por
exemplo", acrescenta Cíntia.
Para
resumir, a advogada afirma que não podemos generalizar situações e resoluções,
cada caso é um caso. "O importante é o cuidado, não agir por impulso na
internet e a empresa ter um regulamento interno definido e estar amparada pelas
leis previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)", conclui.
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