A
exposição “Histórias nunca contadas”, com obras de Adrianne Moro, recepciona a
comunidade acadêmica neste início de ano letivo na Universidade Positivo (UP).
A mostra, com aproximadamente 50 peças, preenche a Biblioteca Central da
universidade com cores, formatos e histórias que podem ser interpretadas das
mais diversas maneiras.
No
mundo pictórico da artista, cada pintura fornece uma oportunidade para narrar,
comunicar e conversar, sem o uso das palavras. Segundo ela, as histórias nunca
foram contadas, pois criar histórias é um ato significativo e possibilita
múltiplas maneiras de fazê-lo. “Utilizando a experiência visual, as histórias
aqui são contadas por meio de imagens e interpretadas por cada expectador
livremente”, explica Adrianne.
Gaston
Bachelard, filósofo e poeta francês, é a fonte de inspiração desse trabalho,
discorrendo sobre o devaneio e o sonho em suas obras e convidando a artista a
sonhar e a criar. O trabalho foi concebido inicialmente por meio da colagem
digital com a sobreposição de imagens e camadas que resultam num universo
surreal, no qual a figura feminina é o sujeito principal de cada história.
Assim, as histórias são colocadas num universo paralelo e utópico que
surge das experiências cumulativas da artista, como sonhos e lembranças que são
traduzidas em cada obra.
Após
o trabalho digital, Adrianne passa para a parte manual, com variações em
técnicas mistas, como aquarela sobre papel, pintura, recorte e colagem sobre
tela e, finalmente, o uso de bordados em algumas obras. O processo criativo é a
parte que mais interessa à artista - porém, fica clara a importância de
experimentar o trabalho manual de diversas maneiras, agregando técnicas com a
finalidade de obter um resultado final diferenciado.
“Os
trabalhos surgem de uma faísca inicial de inspiração onde uma história aparece.
Seu desenvolvimento é criado naturalmente sem resistência e segue,
intuitivamente, para um mundo surreal”, explana Adrianne. Ela conta que o
objetivo é criar mistério e suspense, sem revelar a história completa, trazendo
uma visão intrigante na qual o espectador torna-se também criador. "Dessa
forma, ele é convidado a participar de uma maneira cognitiva e finalizar uma
história nunca antes contada".
A
exposição está aberta ao público na Biblioteca Central da Universidade
Positivo, no câmpus-sede Ecoville, das 8h às 22h30, até o dia 29 de março. A
entrada é gratuita.
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