Em
"Vidas Efêmeras: Parte I", o escritor Luiz Gustavo Oliveira da Cunha
resgata legado e ancestralidade de uma sociedade mística marcada por conflitos
Quando uma praga assola
a região de Proélia e ameaça se espalhar para além das fronteiras, a comandante
mercenária Elena reúne seu bando Irmandade dos Corvos para controlar o surto
mortal. O que ela não esperava é se deparar com um mal antigo muito maior que,
anos atrás, tirou a vida de seu pai. Guiada pelo desejo incontrolável de
vingança, a protagonista de Vidas Efêmeras: Parte I, fantasia escrita por Luiz Gustavo
Oliveira da Cunha, terá que
escolher entre esquecer o passado ou pagar um
preço terrível e talvez sacrificar a sanidade.
Em uma sociedade marcada pela
decadência, conflitos, conspirações e intrigas, Elena assume o comando da
Irmandade dos Corvos, após a morte do patriarca e fundador. Enquanto busca
conter o alastramento da praga vermelha — doença capaz de transformar os hospedeiros
em criaturas obcecadas por sangue —, a personagem descobre que o Duque
Consumido de Aveiro, assassino de seu pai, está vivo. Em paralelo, a jovem é
aconselhada por figuras enigmáticas que sabem sobre a sua fúria e sede de
vingança. Eles sugerem aniquilação total como solução para o sofrimento,
colocando à prova o senso de justiça e honra dela.
Seus olhos, veteranos
de incontáveis batalhas e diferentes carnificinas, pairam em momentâneo choque.
Um dia aquilo foi uma praça cujo centro mantinha de pé um símbolo de fé
proeliano, a estaca do vidente, o profeta sem-nome que espalhou a palavra de um
celeste que ainda vive e clama pela libertação de seu povo dos vermes que
residem nos corações humanos, queimado na estaca por um tirano que não o
compreendia. (Vidas Efêmeras, p.65)
Inspirado no estilo de terror de H. P.
Lovecraft e nos estudos de personagem de Fyodor Dostoeivski, Luiz Gustavo
Oliveira da Cunha cria uma
atmosfera com forte carga simbólica e
filosófica sobre poder, destino, identidade e finitude. O país ficcional
Proélia, por exemplo, representa o embate entre o velho mundo e as novas forças
que surgem — uma espécie de “coração do império”, cercado por inimigos externos
e conflitos internos. Questões sobre determinismo, identidade e a busca por
redenção permeiam os diálogos, tornando o livro não apenas uma fantasia épica,
mas também um tratado sobre a condição humana.
Ao longo de narrativa, as ações muitas
vezes são interrompidas por monólogos internos, memórias e sonhos, em que a
linguagem assume tom emocional e reflexivo sobre o peso do legado e da
ancestralidade; a luta entre razão e fé, destruição e esperança; e o confronto
entre passado, presente e futuro. A partir disso, essa obra é, acima de tudo,
uma reflexão sobre o que torna Vidas Efêmeras, mesmo curtas e frágeis, dignas de serem vividas.
FICHA TÉCNICA
Título: Vidas
Efêmeras
Subtítulo: Parte I
Autor: Luiz Gustavo Oliveira da Cunha
ISBN: 9786552781321
Páginas: 326
Preço: R$ 64,49
Onde comprar: Clube
dos Autores
Sobre o autor: Nascido no interior
do Ceará, Luiz Gustavo
Oliveira da Cunha teve contato com livros de
diversos gêneros na infância. Aos 13 anos, começou a escrever, transformando desde
cedo sua paixão pela literatura em um meio de expressão. Para viabilizar suas
publicações, ele se reinventou, tornando-se um engenheiro de software
autodidata. Na escrita fantástica, explora novas histórias e possibilidades,
usando a ficção como ponte para se aprofundar em tópicos relativos à
experiência humana, como o intrínseco embate do homem contra si mesmo, as
moções do espírito entre o vício e a virtude, além da perseverança diante do
sofrimento.
Instagram do autor: @luizoliveira.escritor
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