É inquestionável que a leitura faz bem! Especialistas são unânimes em dizer que ler estimula o raciocínio, a imaginação e a criatividade, amplia o vocabulário, desenvolve o pensamento crítico, diminui o estresse, melhora a capacidade de concentração e, consequentemente, a escrita.
De forma contraditória, os números dizem que a população brasileira lê pouco.
Conforme a pesquisa “Panorama do Consumo de Livros”, realizada pela Nielsen
BookData e encomendado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), 84% das pessoas
acimam de 18 anos não compraram sequer um único livro no último ano. O estudo
foi divulgado em dezembro de 2023.
Diante deste cenário, diversas questões são levantadas: por que o brasileiro lê
pouco; qual é a idade correta para iniciar a leitura; é melhor o livro físico
ou o digital; e não menos importante: ler o quê?
Com base no livro “O cérebro no mundo digital – os desafios da leitura na nossa
era” (Editora Contexto), da autora Maryanne Wolf, os seres humanos não nasceram
para ler, ou seja, não é algo que, a exemplo da fala, os indivíduos foram
formados para fazer.
Portanto,
é preciso criar o hábito da leitura desde cedo. A Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP) vai além: orienta que os pais podem iniciar o processo durante
a gestação. “A partir da 25ª semana, o bebê já consegue ouvir a voz da
mãe”, observa o Dr. Clóvis Constantino, presidente da entidade.
Desse modo, se os pais lerem e interagirem com os filhos, a probabilidade de
que as crianças se tornem leitoras no futuro é bem maior.
Ainda de acordo com a professora da Universidade da Califórnia (EUA), Maryanne,
tão importante quanto lemos, é como lemos, conceito que a autora define como
“leitura profunda”, ou seja, não basta folhear o livro de forma rápida e
superficial, o ideal é se aprofundar no material e compreender o que os olhos
captam.
A psicóloga Raquel Mellado Garbim, especialista em infância e parentalidade,
acrescenta que além da leitura, é importante que a criança tenha contato com o
livro físico. “A psicologia comportamental acorre com base em comportamentos e
estímulos, abordando quais estímulos incitam determinados comportamentos e o
porquê de as crianças responderem a esses estímulos”, explica.
Desta forma, o contato físico e direto com o livro desperta muito mais
interesse do que a criança ler através de uma tela, por exemplo. A psicóloga
clínica e social afirma, ainda, a importância de usar o livro infantil como
ferramenta para tratar de temas diversos e conflitos internos.
“Sempre utilizo livros nos atendimentos. As histórias, os personagens e as
ilustrações fazem com que a criança se identifique com um determinado
comportamento ou situação. Desse modo, é mais fácil tratar o assunto por meio
desta identificação”.
“Às vezes, o livro não trata diretamente da questão que pretendo abordar, mas
uma imagem ou uma reação do personagem pode expressar um incomodo ou problema
que a criança esteja passando”, conclui Raquel.
A Telos Editora, por exemplo, possui uma curadoria rigorosa das obras que são
publicadas, justamente por entender a importância dos livros para o
desenvolvimento infantil e convívio familiar. Com mais de 140 títulos, a
editora apresenta conteúdos diversos para as infâncias.
Por meio das obras da Telos Editora, pais e filhos podem trabalhar temas como
separação, tédio, meio-ambiente, liberdade, brincadeiras, memórias, inclusão e
empatia, invisibilidade social, sexualidade, relações humanas, consumo,
ansiedade, ciência e muito mais. Tudo de uma forma lúdica e criativa.
Texto:
Thiago Paleari/A+ assessoria, com informações da Veja Saúde/André
Bernardo
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