De
idades diferentes, elas alcançaram força, vitalidade e conexão consigo mesmas
por meio das figuras de circo feitas no tecido acrobático; conheça histórias
“Através
do movimento, exploramos novas sensações e ampliamos nossa consciência
corporal. Na dança, encontrei uma possibilidade de expressão que ultrapassa o
treino individual e cria uma conexão com o outro”. Isso é o que diz Letícia
Marchetto, dançarina, formada em educação física, e criadora do
método Ballet Fly, uma atividade física lúdica que mistura dança com
acrobacias aéreas e figuras no tecido. Para a dançarina, o movimento dançado é
uma forma de aprender mais sobre si e sobre o corpo.
Ana
Cristina Soares Righetti, 54 anos, é consultora em gestão de Tecnologia da
Informação e aluna do Ballet Fly. Ela encontrou na metodologia
desenvolvida para adultos iniciantes sem experiência prévia com acrobacias, uma
nova jornada de autocuidado e superação. "Comecei a praticar
o Ballet Fly no ano passado, buscando melhorar minha saúde
física e enfrentar a falta de mobilidade que a idade e a menopausa trouxeram. O
ambiente acolhedor e as pessoas que encontrei nas aulas me fizeram sentir
segura e motivada a continuar".
Com
uma faixa etária diversificada que abrange pessoas de 25, 40 e até mais de 60
anos, o Ballet Fly oferece o treino de força necessário para
condicionar o corpo adequadamente, deixando-o apto a executar as acrobacias em
segurança. Dentre os benefícios da metodologia, estão: fortalecimento global,
ou seja, braços, pernas, core e costas; ganho de flexibilidade, em especial da
coluna, dos ombros e das pernas; melhora da consciência corporal e entre
outros.
Ana
conta que antes de iniciar as aulas de Ballet Fly, se considerava
muito sedentária e nunca praticou muitos exercícios físicos. “Em uma certa
idade, diversos fatores me fizeram tomar a iniciativa de começar a realizar
exercícios físicos, como a falta de mobilidade e de força, a perda muscular,
entre outros”, desabafa.
Para
a consultora, que sempre teve resistência a fazer atividade física,
o Ballet Fly foi uma grande transformação pessoal. “É muito
prazeroso observar a evolução ao longo do tempo. Desde o fortalecimento do
corpo até a sensação de acessar todo seu potencial,
o Ballet Fly revela sua liberdade a cada aula”. Antes, Ana
enfrentava dificuldades simples, como abaixar para pegar uma panela ou calçar
sapatos. Ela conta que sua mobilidade estava comprometida e as dores eram
constantes.
“Hoje,
após me dedicar a essa prática, recuperei minha força muscular. Sinto que sou
capaz de realizar tarefas antes impossíveis, como levantar uma mala para
colocá-la no compartimento de um avião e caminhar por longos períodos sem
desconforto. O Ballet Fly não apenas me ajudou a superar minhas
limitações físicas, mas também me trouxe uma sensação renovada de força e
bem-estar", compartilha Ana.
Para
Gabrielle Gomes, designer de 31 anos, o Ballet Fly foi um
resgate de sua conexão consigo mesma. Ela comenta ter começado a prática em um
momento de fragilidade, buscando se reconectar com a sua feminilidade. A cada
aula, Gabrielle diz que pode descobrir novas possibilidades em seu corpo e
conhecer ainda mais o seu feminino. “Nesses momentos pude materializar e ter a
certeza de que ‘sim, sou eu e é poético o que meu corpo pode fazer’.
O Ballet Fly me ensina constantemente que tudo é construção, que
cada avanço é para algo maior ainda que às vezes nem temos ideia”, desabafa.
Segundo
uma análise da autoestima feminina no Brasil “What Women Want?”, realizada pela
Kantar, quase 20% das mulheres se sentem com baixa autoestima e apenas 10% dos
homens declaram o mesmo. O estudo mostra que as mulheres ainda sentem que estão
encurraladas quando se trata de autonomia e auto expressão e tem o objetivo de
entender melhor o empoderamento feminino brasileiro e a relação das mulheres
com a autoestima.
"É
bonito demais ver as trocas que construímos durante as aulas, o apoio, a
motivação, as novas amizades que vão surgindo. A endorfina vai à milhão e ainda
quero vibrar muito pelas minhas conquistas e de todas as mulheres
do Ballet Fly", diz Gabrielle. Hoje, a designer afirma ter a
liberdade de explorar novas formas de se movimentar, conhecer outros tipos de
exercícios físicos e de se enxergar. “Ter a consciência de que nosso bem-estar
não pode ser atrelado a padrões e saber acolher nosso corpo as inúmeras mudanças”,
finaliza.
Letícia
Marchetto também expressa o real significado da modalidade: o primeiro trabalho
que o Ballet Fly faz é diretamente na mente. “A gente já começa
na primeira aula com a sensação de superação, empoderamento, pois a força está
dentro dessas mulheres. Elas possuem força e poder, cabendo-nos apenas
exercitá-los para desencadear sua expressão e amplitude”, complementa.
Comentários
Postar um comentário