SP-Arte Rotas Brasileiras 2023 reúne projetos curados que valorizam a riqueza da produção artística nacional
Em sua segunda edição, de 30 de agosto a 3 de setembro, a feira de arte apresentará 70 expositores e cerca de 300 artistas na ARCA, em São Paulo
Com
base no sucesso da SP–Arte, que em 2024 completa 20 anos, a SP–Arte Rotas Brasileiras
realizará sua segunda edição de 30 de agosto a 3 de setembro na ARCA, em São
Paulo. Com 70 projetos curados especialmente para a ocasião por galerias de
todo o país (veja a lista de galerias completa aqui),
o evento celebra a diversidade e a riqueza da arte brasileira.
“Rotas
Brasileiras é sobre reimaginar as fronteiras entre o erudito e o popular, o
centro e a periferia, o comercial e o institucional. Ao trazer, possivelmente,
mais perguntas do que respostas, a feira se propõe a expandir perspectivas,
ampliar narrativas e romper estereótipos. É um evento onde queremos que as
pessoas se identifiquem com as raízes nacionais e que, ao mesmo tempo, traz dinamismo
e oxigenação ao mercado”, afirma a diretora Fernanda Feitosa.
A
lista de participantes é composta por galerias já estabelecidas, como Almeida & Dale, Fortes D’Aloia &
Gabriel, Gomide&Co, Millan e Vermelho, galerias mais jovens como Central, HOA, Jaqueline Martins, VERVE
e Sé,
assim como aquelas localizadas fora do eixo RJ-SP, como Cerrado (Goiânia), Lima (São Luís do
Maranhão), Marco Zero (Recife), Mitre (Belo Horizonte) e Paulo Darzé (Salvador).
A Fortes D'Aloia & Gabriel
levará uma seleção de trabalhos de Erika
Verzutti recentemente exibida no Museo Experimental el Eco,
galeria de arte contemporânea na Cidade do México, e apresentada no Brasil pela
primeira vez. As criações se dividem em dois grupos: relevos de parede e
esculturas verticais. Todas as obras foram feitas em cerâmica, material nunca
usado por Verzutti, e executadas em colaboração com a Ceramica Suro, de
Guadalajara.
A
galeria Almeida & Dale
apresentará uma seleção de obras de Heitor
dos Prazeres. Natural do Rio de Janeiro, o artista é um nome
incontornável na cultura brasileira do século 20. Dedicou-se à carreira de
cantor, compositor e pintor e exerceu um importante papel na formação das
primeiras escolas de samba do Brasil. Seu interesse pelo cotidiano e costumes
do país são expressos em suas pinturas, nas quais retratou o frevo, o samba, o
carnaval e a vida nos subúrbios da cidade.
O
paulista José Antônio da
Silva e o polonês naturalizado brasileiro Frans Krajcberg serão as
apostas da Caribé.
Trabalhador rural com pouca formação escolar, Antônio da Silva foi um artista
autodidata que percorreu a pintura, escrita, escultura e o repente. Krajcberg
foi escultor, pintor, gravador e fotógrafo. Em suas obras, explorou elementos
da natureza e destacou-se ao associar arte e defesa do meio ambiente.
A Marco Zero homenageará o
Movimento Armorial.
Concebido nos anos 1970, o projeto teve o dramaturgo e escritor Ariano Suassuna como seu
principal idealizador. A intenção era estimular a criação de uma arte erudita a
partir de elementos da cultura popular nordestina. Com curadoria de Cristiano Raimondi,
serão exibidos trabalhos de artistas como Suassuna, Gilvan Samico, Bozó Bacamarte, Romero de Andrade
Lima e
Miguel dos Santos.
Na Millan, a curadoria
parte do histórico tema da paisagem para apresentar produções artísticas que
lançam luz sobre a mudança climática e a preservação ambiental. Com obras de José Bento, Daiara Tukano e Henrique Oliveira, o
conjunto promove o encontro entre artistas de diferentes regiões do Brasil. São
artistas cujas técnicas e visões de mundo alargam os conceitos tradicionais da
arte e dialogam com nomes como Tunga,
Nelson Felix e Miguel
Rio Branco, que marcaram a arte brasileira.
A
galeria Mitre,
de Belo Horizonte, apresentará uma seleção de trabalhos de Luana Vitra, artista
selecionada para a 35ª Bienal de São Paulo. Artista plástica formada pela
Escola Guignard (UEMG), dançarina e performer, cresceu em Contagem, cidade
industrial que “fez seu corpo experimentar o ferro e a fuligem”. A apresentação
da galeria Paulo Darzé,
de Salvador, estabelecerá um diálogo entre Ayrson Heráclito, também selecionado para a
35ª Bienal de São Paulo, e Nádia
Taquary. Com participações em importantes exposições e bienais,
como a de arte (2017) e a de arquitetura de Veneza (2023), Heráclito propõe
novas leituras acerca do cotidiano baiano, enfatizando a história do corpo
negro em diferentes contextos sociais. Já Taquary investiga as contribuições
das tradições africanas na formação cultural do Brasil.
Além
de galerias, a SP–Arte
Rotas Brasileiras contará com projetos especiais. É o caso do Sertão Negro, espaço de
residência e vivência artística fundado pelo artista goiano Dalton Paula (32ª
Bienal de São Paulo e Trienal do New Museum, 2018); do projeto Novos para Nós, de Renan
Quevedo, cuja curadoria será centrada em diferentes credos do país; do coletivo
artístico Igreja do Reino
da Arte, do Rio de Janeiro, fundado por artistas como Zé
Tepedino, Edu de Barros e Maxwell Alexandre; do projeto Xiloceasa, coletivo de
artistas da região do Ceagesp formado no Ateliescola Acaia e da galeria GDA, fundada e gerida
por artistas, que mostrará neste ano o acervo fotográfico mineiro “Retratistas
do Morro”, de João Mendes e Afonso Pimenta.
A
feira oferece ainda audioguias
temáticos produzidos por curadores convidados, que estarão disponíveis no
Spotify, visitas guiadas
e conversas com artistas.
No dia 19 de agosto terá início o Circuito
SP–Arte com a abertura de uma individual de Maxwell Alexandre na Casa
SP–Arte. Esta programação abrange atividades pela cidade
promovidas por expositores, como coquetéis, aberturas, conversas, visitas
guiadas, ateliês abertos entre outros.
Os ingressos para a feira
estarão à venda, a partir de agosto, no app
SP–Arte. Gratuito, o aplicativo está disponível nas versões iOS e Android e
dá acesso a todo conteúdo da feira, além da agenda cultural em São Paulo.
Coincidindo
com o mesmo período da feira, a ONG Artesol
ocupará o State (em frente à ARCA) com a exposição Arte dos Mestres, que
reúne 20 mestres, grupos e famílias de vários estados, entre eles Alagoas,
Ceará, Mato Grosso, Pernambuco e Pará. A mostra trará mais de 200 obras e
proporcionará espaços exclusivos para que os artesãos possam apresentar com
destaque seus trabalhos e interagir com o público, além de exibir documentários
exclusivos que contextualizam o aspecto social, cultural e criativo em torno
dos artistas. O evento celebra os 25 anos da organização especializada na
implementação, gestão e realização de projetos de fomento sociocultural e
desenvolvimento econômico em comunidades tradicionais produtoras de artesanato
em todo país.
Patrocínio
A SP–Arte Rotas Brasileiras
tem patrocínio master de
Itaú, Vivo, Iguatemi e
Unipar e é patrocinada por Tiffany & Co., Chandon, Mitsubishi Motors, Blue Moon,
Amázzoni Gin, Liberty Seguros e Finarte.
SP–Arte
Rotas Brasileiras 2023
30
agosto a 3 setembro
ARCA
- avenida Manuel Bandeira, 360, Vila Leopoldina
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