DIA DA MULHER /BRASIL ODS | As leis de incentivo fiscal e o investimento social potencializam a transformação da sociedade brasileira
Por Raphael Mayer, Mathieu Anduze e Tadeu Silva
No
Brasil, falar sobre o potencial das leis de incentivo fiscal é,
necessariamente, falar sobre pessoas que estão realmente conectadas com a
transformação social. Uma delas é Milena Carvalho. A arquiteta, cineasta e
escritora passou alguns anos dando aula de escrita criativa no Complexo do
Alemão e hoje, além de dirigir curtas e documentários, é líder de um projeto
focado na realização de oficinas literárias com grupos de mulheres em nove
municípios do interior da região Nordeste do país. Essa iniciativa, aliás,
defende que a escrita autoficcional é uma forma importante de organização de
pensamentos e sentimentos femininos. A didática da oficina é construída a
partir da leitura do seu livro de “Quem é essa mulher?”.
Essa obra de Milena Carvalho, ponto de partida para as
oficinas, aborda temas como a violência sexual, a maternidade na adolescência,
os padrões comportamentais de uma educação não feminista, a superação e o amor.
A partir de diversas vivências da autora e fundadora do projeto, a
iniciativa se ancorou no poder transformador da escrita como apropriação da
própria vida para indivíduos que vivem em situação de vulnerabilidade.
E o
que as leis de incentivo fiscal têm a ver com essa iniciativa? Tudo! Com o
projeto aprovado pela Lei Rouanet, Milena vivia a dificuldade de captação para
tirá-lo do papel. Próximo do prazo estipulado para implementação do projeto, a
plataforma da Simbiose Social encontrou o projeto que se conectava com a
abordagem de dois de seus clientes e entrou em contato para articular um aporte
para a implementação de 100% desse projeto. Com o investimento, mais de 100
mulheres de comunidades do interior do Nordeste foram beneficiadas diretamente.
Na
prática, o projeto aconteceu no período de 30 de abril a 3 de julho de 2022 e
percorreu as cidades de Codó (MA), Nazária (PI), Poranga (CE), Poço Redondo
(SE), Cachoeira (BA), Santana do Mundaú (AL), Taperoá (PB), Nazaré da Mata (PE)
e Macaíba (RN). Em cada localidade, uma comunidade específica foi contemplada:
de quebradeiras de coco a parteiras, quilombolas, artesãs, indígenas e
dançarinas, entre tantos outros recortes culturais que somam a pluralidade da
mulher nordestina.
Esse
é um exemplo claro de que o Brasil está escrevendo um novo capítulo para o investimento
social. Estamos convictos que o futuro da temática passa pelo uso da tecnologia
para romper barreiras e criar evidências do impacto social. Com o uso da
inteligência artificial, a tomada de decisão das empresas se beneficia de um
viés consciente norteador de uma verdadeira transformação que coloca o segundo
e terceiro setor juntos em prol da coletividade. E, claro, uma das peças-chave
desse olhar inovador são as leis de incentivo fiscal, tais como a Rouanet.
Na nossa vivência na Simbiose Social, temos visto que as empresas têm cada vez mais interesse em investir em projetos com temáticas educacionais na Lei Rouanet. Em contrapartida, os gestores afirmam que é muito complexo ter acesso aos projetos em localidades de baixíssimo nível educacional. Nesse contexto, a Simbiose Social criou uma solução que dá luz aos projetos dentro de cada grupo. Ao cruzar as demandas sociais na tomada de decisão para a verba investida via Lei Rouanet – e outras leis de incentivo fiscal –, as empresas garantem que o aporte fique mais bem distribuído em todo o território nacional e tenhamos mais inteligência no investimento social. Dar mais luz a projetos sociais de todas as regiões do país é uma forma de oferecer mais impacto positivo para a sociedade. Que venha 2023!
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