Não
são poucas as obras do cancioneiro brasileiro que buscam traduzir o universo
feminino. Caetano Veloso, em “Da Maior Importância”, e Péricles Cavalcanti, em
“Elegia”, são bons exemplos disso. Tendo essa premissa de ponto de partida, o
cantor e compositor mineiro Nobat
apresenta “Aqueles
Homens”, single que antecipa o seu novo álbum, MESTIÇO, previsto para
julho. A canção chega aos aplicativos de streaming
de áudio (ouça aqui) e
também ganha um videoclipe no YouTube (assista aqui). Com
participação da também mineira Mariana
Cavanellas, a faixa é a terceira do álbum a ser revelada,
sucessora de “Menina Erê” e “Me Deixa Sambar”. Esta última, inclusive, teve a
participação de BNegão e de Elza Soares.
“Essa
foi a primeira música do disco que registramos ao vivo, sem ser instrumento por
instrumento. Fui ao estúdio Ultra Music, em Belo Horizonte, com Débora Costa
(percussão e drumpad), Richard Neves (piano) e Barral Lima (synth bass), que
também é produtor do álbum, para fazer o arranjo e gravar ao vivo. Foi uma
tarde deslumbrante, sinceramente, ver essa canção nascer aos poucos, ‘tijolo
por tijolo, num desenho único’, foi das coisas mais lindas que já vivi na
música”, afirma Nobat.
“Aqueles Homens” tem a
sua mensagem potencializada pela participação de Mariana Cavanellas,
co-fundadora da banda Lamparina e do grupo pop belo-horizontino, Rosa Neon. “Eu
lembro quando eu vi o Nobat tocando essa música. Foi muito forte e interessante
enxergar uma dor por uma ótica masculina. Eu achei que trouxe muita verdade na
composição e no meu cantar, que traz ainda mais verdade por ser interpretada
por uma voz e um corpo e uma história feminina”, relembra a cantora sobre o
primeiro contato que teve com o single.
Dirigido
por Tiago Tereza, o videoclipe de “Aqueles Homens” encerra a trilogia de
lançamentos que Nobat começou em fevereiro e abre caminho para o disco MESTIÇO. “‘Menina Erê’ seria
uma espécie de despertar, de abrir os olhos e começar o jogo. ‘Me Deixa Sambar’
vem com um grito de liberdade, a vontade de quebrar as regras, sair das prisões
que nos são impostas. ‘Aqueles Homens’ é a suspensão de tudo isso, como se
estivéssemos em outra dimensão, tentando conectar profundamente nossas almas. É
como se tivéssemos, mais do que vencido o jogo, mas superado”, ele
finaliza.
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