Com voz doce e forte presença de palco, a cantora e compositora peruana oferece aos internautas do Brasil e do mundo uma rara oportunidade de transitar pela música latina contemporânea, com generosas pitadas de jazz, world música e, claro, música brasileira raiz
Entre
os meses de fevereiro e março, Martha Galdos apresenta o show COLORES em seis shows
transmitidos na Internet. A artista, que traz na veia a ancestralidade herdada
do pai, o pintor Enrique Galdos Rivas. O espetáculo é parte da programação do
ProAC Expresso LAB da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo
(Lei Aldir Blanc). A transmissão acontecerá no Espaço Coletivo, localizado no
bairro paulistano de Santa Cecília.
Após
uma bem-sucedida estreia no SESC 24 de maio em 2020, com participação especial
da percussionista Simone Sou e da cantora amapaense Patrícia Bastos, e sob a
direção do premiado músico paulistano Dante Ozzetti os planos de uma turnê pelo
Brasil, foram interrompidos pela pandemia. Mas a série de shows online,
viabilizada pelo edital de incentivo à cultura, proporcionará aos internautas
uma viagem por um repertório eclético que reúne músicas autorais e composições
consagradas, com releituras cheias de personalidade, como a versão de El Condor
Pasa, declarada Patrimônio cultural da Nação, no Peru.
A
parceria com Dante Ozetti é um dos pontos fortes do show. O compositor e
arranjador terá participações especiais nas apresentações, que também incluem
faixas do primeiro disco da cantora, ‘Respiraré’ (2016), produzido pelo
pianista e arranjador peruano Pepe Céspedes (Susana Baca), e Leonardo
"Gigio" Parodi, aclamado pela crítica brasileira e latino-americana.
Segundo
o jornalista e biógrafo Júlio Maria (Estado de São Paulo), “Martha faz do palco
a sala de casa e do repertório de seu álbum 'Respiraré'; a própria biografia.
Do Brasil, anda em campo minado ao pensar em uma versão para 'Upa Neguinho',
definitiva na voz de Elis Regina, mostrando a que veio. A divisão rítmica que
tira a canção de seu lugar mais confortável e que faz valer a releitura é a de
um típico festejo peruano. “
Spoiler
“Disseram-me um dia que minha vida é
cheia de curvas como o rio Amazonas, que é uma de minhas referências
hereditárias. Perguntar a quem pertence o rio, é o mesmo que indagar a quem
pertence o ar. Agora esse rio chega ao oceano e se torna mar. E esse o caminho
que escolhi norteia a produção autoral que começo a contar no primeiro single
que vou lançar, em São Paulo, daqui alguns meses, sob a produção de Dante
Ozzetti”, ressalta a cantora.
A
matriz das três cores
Aquariana,
nascida no dia de Iemanjá, 2 de fevereiro, Martha trafega pelos ritmos
folclóricos do Peru, fortemente influenciada pelos sons do Brasil, compondo a
“matriz de três cores”: afro (landó, panalivio, festejo), andino (huayno) e
amazônico (cumbia). Ela conta que sua menina interior a levou a trocar a
carreira de comunicadora pela arte aos 27 anos (para sorte dos ouvidos mais
apurados).
O
contato com a música veio de casa, ao lado do pai, da mãe e da irmã, todos
cantores. Com a vocação natural reforçada por aulas de canto, artes cênicas e
clown, Martha ganhou o mundo e se apresentou em diferentes países, incluindo
Peru, Brasil, Panamá e China. Participou de shows ao lado de nomes como Luís
Represas (Portugal), Richard Barshay (percussionista de Esperanza Spalding,
Estados Unidos), além dos brasileiros Dante Ozzetti, Patrícia Bastos, Simone
Sou e Renato Braz.
Mais
que uma apresentação digital, uma experiencia
“COLORES traz referências
do folclore peruano, permeando histórias de resiliência de pretas e pretos e
sua miscigenação com a mestiçagem espanhola e indígena, o poder e intensidade
do feminino, a celebração aos povos originários do continente e a liberdade
inerente ao ser humano”, diz Martha, cujos agudos chegam a remeter às flautas
utilizadas na música tradicional andina.
Segundo
ela, o arco-íris, simbolizado no show, expressa na cosmovisão do povo andino um
novo tempo, um sinal anunciador de grandes mudanças. O trabalho ainda faz
alusão ao Rio Amazonas que nasce nos nevados do Peru e vai até o Brasil,
fazendo uma ponte entre os dois países, rompendo fronteiras e barreiras
culturais.
A
artista canta acompanhada por músicos do Peru (Juan Humberto Manrique, violão e
guitarra), Brasil (Marcus Simon, percussão) e Colômbia (Gustavo Martínez,
baixo). A equipe de cenógrafos e técnicos do Espaço Coletivo criou um cenário
com efeitos de luzes, cores e magia, enriquecido com projeções das obras do pai
da artista, conhecido como “El Mago del Color”, inspirados na cultura andina,
levando o espectador a uma experiência única e sensorial em cada acorde.
Serviço:
Colores:
show on-line (60 minutos)
Quando:
24/02
10,
17, 26/03 e 31/03
03/04,
às 20 horas
Onde:
Youtube:
https://www.youtube.com/marthagaldos
Facebook:
@MarthaGaldosOficial
Repertório:
As lives não serão idênticas e
terão pequenas variações no repertório, seguindo uma ordem conceitual:
- Fusão
peruano-brasileira
- América
Latina
- Andino
Amazônico
- Lusofonia
- Afroperuano
- “Gran
finale” com Dante Ozetti
Mais
sobre Martha Galdos:
Spotify:
https://open.spotify.com/artist/7lsc51wPFnI7EDJSHhSQ3q
Facebook:
@MarthaGaldosOficial
Youtube:
https://www.youtube.com/marthagaldos
Instagram:
https://www.instagram.com/martha.galdos/
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