Bibliotecarte: projeto transforma bibliotecas solidárias em centros culturais para quem não tem hábito de ler
400 mil reais revertidos na aquisição de livros
e equipamentos, mais de 50 mil pessoas beneficiadas por encontros com autores,
rodas de leitura e contação de história, em 3 estados brasileiros/ Projeto se
adapta a tempos de pandemia com atrações culturais disponíveis on-line
Transformar
bibliotecas em centros culturais capazes de atrair crianças e jovens
socialmente vulneráveis. Esse é o Bibliotecarte, um projeto da Montenegro
Produções que captou 100% dos recursos aprovados pela LEI FEDERAL DE INCENTIVO
À CULTURA, junto a iniciativa privada e pessoas físicas. O investimento chega
para dar novo significado a oito bibliotecas sociais nos estados do Paraná,
Santa Catarina e São Paulo, localizadas em escolas de educação básica
filantrópicas, mantidas pelo Grupo Marista.
A
programação cultural traz conteúdos de estímulo à leitura, divulgação de obras,
autores e ilustradores, tais como: contações de histórias, entrevistas com
escritores e rodas de leitura. O projeto prevê ainda a ambientação estética das
bibliotecas, criando novos espaços de convivência e integração. A primeira obra
foi entregue no início de fevereiro, na biblioteca do Colégio Imaculada
Conceição em Curitiba.
A
unidade que receberá essa releitura estética realiza mais de 900 atendimentos a
partir das famílias e comunidade do entorno, por mês, sendo 110 famílias
atendidas abaixo da linha da pobreza com per capita mensal inferior a R$ 498 e
37 famílias abaixo da linha da extrema pobreza com per capita mensal inferior a
R$ 172.
O
projeto arquitetônico da biblioteca, assinado pela arquiteta Nonnie Fenianos,
contempla criação de novos mobiliários, restauração de peças antigas e
intervenções de arte. Para sua concepção foi estruturada com base em pesquisas
e referências de espaços colaborativos, que utilizam cores, formas e materiais
como referenciais de estímulo da criatividade e produtividade. “O incentivo a
leitura envolve muitos itens desde psicológicos até físicos, e a
arquitetura pode sim através de um bom projeto unir essas duas coisas e tornar o
incentivo a leitura algo cultural, interessante se trazer nesse espaço algo que
convide por si só”, explica a arquiteta.
Dessa
forma, a proposta integra e amplia o propósito básico do projeto, ao promover
ações de incentivo a leitura em ambientes cuja estética garanta acessibilidade
e represente mais uma linguagem artística projetada. “A entrega de um projeto
só é efetiva quando cumprimos os objetivos que garantem sua sustentabilidade
mesmo após a execução. A nova ambientação das bibliotecas representa a conclusão
de um trabalho que integra cultura, educação e ação social”, enfatiza Carolina.
A
artista visual Veronica Fukuda é quem assina a intervenção artística na
biblioteca e usou como referencial criativo as obras de Henri Matisse. “Matisse
buscava sempre manter o equilíbrio entre a tranquilidade e a vivacidade do seu
trabalho e minha admiração por esse artista foi o ponto de partida da criação
desse projeto”, destaca Verônica. A escolha das cores puras e o resgate dos
elementos sólidos e orgânicos, compõe o resultado fluido e contemporâneo da
biblioteca.
O
projeto foi viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio
Volvo, Novozymes, Grupo Potencial TKS, Impextrack e Frameport. As bibliotecas
já tiveram o acervo ampliado, graças a aquisição de 4.000 livros e de mais de
80 equipamentos digitais.
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