O
ano que vivemos foi tudo, menos normal com incontáveis acontecimentos para
quais não estávamos preparados. Muitas mudanças nos colocaram em uma nova
realidade, com um novo modelo de empresa e de consumidor.
Podemos
dizer que, nesse cenário, os consumidores vêm apresentando uma maior
preocupação com o que estão consumindo. Estamos falando de um cliente
mais crítico, que tem acesso a mais informações devido ao meio digital e,
portanto, pesquisa muito mais antes de fazer uma compra.
Entre
essas preocupações do novo perfil de consumo está a responsabilidade social. As
pessoas, em geral, estão observando cada vez mais os impactos sociais e ambientais
das empresas. Tanto é que esse assunto está ganhando uma atenção muito maior
tanto no meio acadêmico, quanto no empresarial.
Porém,
práticas que incentivam e buscam o desenvolvimento social, bem como o cuidado
com meio ambiente não são fáceis de serem cultivadas. Para começar, esse
investimento tem impacto direto na estrutura de custos da empresa, e esse
acréscimo impacta diretamente no valor repassado ao consumidor. Vale, então,
entender como esse valor investido em responsabilidade social retornará para a
empresa.
Pense
em um consumidor em busca de um determinado tipo de produto. Nessa busca, ele
se depara com duas marcas que apresentam modelos bem similares. Mas, apenas uma
dessas marcas vem de uma empresa que prática atos sociais e ambientais
frequentemente.
Qual
deles será melhor aos olhos do consumidor?
Nesses
momentos, nem a diferença de preço é levada em consideração, e sim o senso de
familiaridade e amizade que o consumidor nutre pela marca. Falamos no começo o
consumidor pós-pandemia é mais digital e mais crítico. Para esse novo perfil,
todas as ações da empresa contam muito.
Existem,
inclusive, leis de incentivo que possibilitam que as empresas destinem parte de
seu Imposto de Renda para projetos selecionados e cadastrados pelo governo para
receber esse fundo. Assim, o dinheiro que iria diretamente a Receita Federal
garante que projetos de fomento a comunidades diferenciadas continuem
existindo.
O
retorno de todo o dinheiro investido em programas socioambientais também é
sentindo pela economia do país em longo prazo. Quanto mais pessoas capacitadas
através de incentivos sociais, quanto mais áreas reflorestadas e preservadas,
mais o país garante um desenvolvimento sustentável que garante o fortalecimento
da força de trabalho e não esgota os recursos naturais.
Nenhum
investimento em responsabilidade social é perdido. O ideal é a empresa
entender, dentro do seu segmento e da comunidade que a cerca, o que pode ser
feito. Afinal, os impactos são mais evidentes no entorno e nas proximidades.
Por isso, busque primeiro compreender o que pode ser feito mais perto para
depois evoluir para uma campanha nacional.
Leonardo
Coelho
Relações
públicas, especialista em elaboração de projetos internacionais e mestre em
Administração.
É
CEO da LC4 Comunicação, Marketing e Estratégia e diretor presidente do
Instituto BH Futuro, que atende mais de 1.000 crianças e adolescentes na região
do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte.
Leciona
na Fundação Dom Cabral, nas áreas de marketing, posicionamento digital e
sustentabilidade. Na PUC Minas, atuou como professor por 16 anos. Como
empreendedor, é sócio fundador da escola de mergulho (5 stars Padi) Alto Mar e
consultor para projetos de pesquisa no Instituto Ver. Foi presidente da
Fundamig (Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado), de
2014 a 2018.
Comentários
Postar um comentário