No próximo dia 5 de outubro é comemorado o Dia Nacional do Empreendedor. Separamos cinco histórias de empreendedores brasileiros que, em meio a tantas dificuldades e desafios, não abandonaram o sonho de ter seu próprio negócio e criaram empresas de referência nos mais diversos segmentos. São trajetórias que inspiram e incentivam quem pretende empreender no Brasil.
Empenhada
em transformar vidas, criou a primeira agência de UX no Brasil
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Nome: Melina Alves Idade: 37 anos |
De
Passos, interior de Minas Gerais, a jovem, que aprendeu com a mãe o ofício de
cabeleireira aos 14 anos, se desafiou a descobrir o mundo por conta própria.
Com uma vontade imensa de transformar vidas, Melina Alves adentrou no universo
do UX, que significa User Experience. O termo, relativamente novo, tem por
objetivo melhorar ao máximo a experiência que o consumidor pode ter com
determinado produto - uma maneira, aos olhos da jovem, de transformar vidas.
Melina chegou aos 17 anos em São Paulo para estudar publicidade e, nos
primeiros meses, conciliou os estudos com a tesoura. Exausta com a rotina
puxada entre as cidades, dedicou-se apenas a faculdade e logo começou a
estagiar.
Encantada
com o poder do ‘bom uso’ da tecnologia, Melina rapidamente se destacou na área
digital da comunicação e, envolvida com o tema, desenvolveu junto com a agência
em que trabalhava o primeiro app de realidade aumentada, que tinha por objetivo
provar que a era digital influenciava -e muito- no mercado de comunicação. E
foi assim que a jovem do interior de Minas começou, por conta própria, a
desbravar os conceitos e possibilidades que o UX trazia. Estudando e investindo
todo o tempo possível em sua capacitação e consolidando seu nome no mercado,
tornando-se pioneira no Brasil a profissionalizar o tema, criando a primeira
consultoria e coworking de UX no mesmo local em 2010, a DUXcoworkers.
Inspirado
no churrasco de rua, ele criou uma rede de bares e ganhou a fama de Rei dos
Espetinhos
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Nome: Leandro Souza |
Filho
de empregada doméstica e porteiro, Leandro Souza nunca escondeu suas origens
humildes. Pelo contrário: usou as referências do subúrbio da capital fluminense
para criar um negócio hoje lucrativo e responsável por trazer a ele a fama de
“rei dos espetinhos”. Ousado, ele embarcou para os Estados Unidos em busca de
novas experiências. Trabalhou como entregador de pizza, segurança em casas
noturnas, manobrista e, como sempre teve consigo uma veia empreendedora, chegou
até a comprar parte do negócio em que trabalhou como vallet. Em 2008, resolveu
voltar à pátria amada e, com muita criatividade e o dinheiro que conseguiu juntar,
abriu a primeira loja Espetto Carioca no Recreio dos Bandeirantes, junto de
mais dois sócios. O ambiente agradável, descontraído, aconchegante, com toque
de sofisticação, foi resultado do olhar cuidadoso e observador de Leandro, que
viu o sucesso que barraquinhas de churrasco faziam por toda a cidade.
Alguns
anos depois, com outras duas unidades, os sócios se atentaram para uma nova
oportunidade de mercado: o franchising. Desde então, a rede obteve bons
números. Desde a abertura da primeira loja, hoje já somam mais de 30 unidades,
em oito estados brasileiros e um faturamento que chegou em 2019 em R$ 78
milhões; mesmo ano em que adquiriu a rede de franquias Bendito, especializada
em cookies, brownies e cafés gourmets. Recentemente, inauguraram um frigorífico
em São Paulo, com o objetivo de melhorar a qualidade do produto consumido nas
lojas, vender para outros bares e restaurantes, assim como produzir em packs
com cinco ou 10 unidades que serão vendidos nas unidades franqueadas ou
aplicativos de entrega. Com investimento de R$ 5 milhões, a perspectiva é que o
frigorífico aumente o faturamento da rede em 20% ainda esse ano.
Transformaram
o jeito de ensinar idiomas com uma metodologia inovadora
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Nome: Paulo Arruda e Eduardo Pacheco |
Eduardo
Pacheco tinha acabado de voltar dos Estados Unidos, em 1996, onde foi estudar,
quando começou a dar aulas de inglês. Ministrando-as, percebeu que algo
precisava ser criado para resolver os problemas de aprendizado dos estudantes
brasileiros, já que 95% dos alunos que terminavam os estudos se sentiam
inseguros ao falar o idioma. Em 2000, junto do cunhado Paulo Arruda, executivo
conceituado por sua carreira em grandes organizações, criou a Park Idiomas. O
Método Park proporciona um aprendizado mais natural e intuitivo, já que os
alunos começam dialogar para, somente depois, serem apresentados às normas
gramaticais, assim como acontece com crianças que aprendem a falar as primeiras
palavras.
Atualmente
com 73 unidades em oito estados e mais de 30 cidades brasileiras, percebeu durante
a crise causada pela pandemia outras oportunidades de evolução: lançou um
modelo de negócio mais acessível financeiramente e adotou o ensino híbrido, em
que o aluno poderá ter aulas presenciais ou virtuais. Para os próximos anos, é
alavancar os planos de internacionalização da marca, que já está presente nos
EUA, Colômbia, México, Holanda e Portugal.
Para
facilitar a vida da mulher multitarefas, ela criou um instituto de depilação e
o transformou em um negócio milionário
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Nome: Regina Jordão Natural: Rio de Janeiro |
Foi
pensando na rotina agitada da maioria das mulheres que a empresária carioca
Regina Jordão visualizou e estruturou um negócio de sucesso num nicho de mercado
pouco explorado até então: o de depilação. A história começou a ganhar forma em
1996, quando o marido contou que tinha sido demitido. Regina, que na época
trabalhava em São Paulo numa clínica de estética e vivia viajando entre uma
cidade e outra, já sonhava em arriscar-se no empreendedorismo. De maneira
despretensiosa, em uma salinha pequena localizada em Copacabana, deu início
ao instituto Pello Menos, que, em 20 anos, tornou-se uma franquia com
mais de 50 unidades em três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
Regina
deu a cara à tapa e entrou nos comércios da região oferecendo o serviço de
graça e convidando as mulheres a conhecer o novo instituto que tinha por ali,
com um método inovador. A persistência valeu a pena e, com seis meses, o instituto
já tinha 1000 clientes cadastrados. Em 2007, formatou o modelo para o
franchising e, em 2010, inaugurou as primeiras unidades fora do estado. Um dos
segredos desse sucesso tem a ver com o produto diferenciado que se usa para
depilar, que, devido a elasticidade, minimiza a dor. O negócio, que começou com
investimento de R$ 40, fruto da rescisão do marido, se transformou em R$ 49
milhões em 2019, prova que a liderança da mulher moderna é altamente eficaz.
Fez
uma pequena pizzaria de bairro virar a maior rede 100% brasileira
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Nome: Gabriel Concon Idade: 38 anos Função: Sócio-diretor Empresa: Pizza Prime Natural: Osvaldo Cruz/SP |
O
empreendedor Gabriel Concon, 38, se mudou da pequena cidade de Osvaldo Cruz,
interior de São Paulo, para cursar Administração na capital paulista no início
dos anos 2000. Mesmo antes de entrar na faculdade, ele já sabia o seu destino:
ter um negócio próprio. A oportunidade morava ao lado: era uma pizzaria à venda
na Aclimação, bairro em que morava. Ele e o pai uniram as economias e
investiram cerca de R$ 20 mil no estabelecimento. Nos primeiros dois anos,
Concon colocou a mão na massa: panfletou, atendeu aos consumidores - tanto por
telefone quanto na própria pizzaria -, comprou os ingredientes e,
esporadicamente, até realizou as entregas. Feliz e confiante, arriscou um
empréstimo e comprou a segunda pizzaria, na Vila Mariana. E depois a terceira,
na Mooca. Em 2008, junto com o irmão criaram a primeira loja totalmente do
zero, na Vila Leopoldina, onde tiveram a vivência de toda a construção do
negócio: da escolha do ponto ao layout.
Foi
a partir daí que ele percebeu a dificuldade de gerir um único negócio com
várias bandeiras e optou, então, em unificá-las sob o nome de Pizza Prime em
2011. A primeira sob essa chancela, em Novo Hamburgo (RS), trouxe mais
aprendizados: identificar as regionalidades é um diferencial para o negócio.
Foi assim que Concon inovou e criou a pizza de coração de galinha, para a
região Sul, e pizza de camarão com jambú, para a região Norte. Com 25 unidades,
em 2019, a Pizza Prime adotou o modelo de franquias. No mesmo ano, faturou R$
48 milhões e vendeu 2 milhões de pizza.
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