Apenas
1% dos brasileiros com deficiência física está no mercado de trabalho, de
acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia
Estatística (IBGE). As pessoas com necessidades educacionais especiais
ainda enfrentam muitos problemas para se qualificar e buscar emprego. Por isso,
as graduações, especialmente aquelas que são ofertadas a distância, podem ser
uma grande alternativa para elas buscarem qualificação e se inserirem no
mercado.
É
o que sustenta a professora Leomar Marchesini, coordenadora do Serviço de
Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais
(SIANEE) do Centro Universitário Internacional Uninter. “A modalidade de
educação a distância é especialmente favorável às pessoas com deficiência, uma
vez que elas não precisam sair de suas casas para assistirem às aulas. As cidades
brasileiras lamentavelmente não oferecem condições de acessibilidade urbana e
de transporte coletivo para pessoas com limitações”, explica.
A
pesquisa do IBGE também aponta que quase 24% dos brasileiros (45 milhões de
pessoas) têm algum tipo de deficiência. A demanda que sempre existiu precisa de
um tratamento específico para o seu atendimento, e esse é o papel do SIANEE,
que é o responsável pela política de inclusão e pela promoção das condições de
acessibilidade no centro universitário.
Para Tiago
Alves Carneiro Junior, que é aluno de Direito da Uninter e tem deficiência
auditiva (surdo), o apoio para estudantes com necessidades educacionais
especiais é fundamental. “Hoje estou no último ano de Direito e tudo correu bem
porque sempre recebi apoio de um professor específico para esse tipo de
auxílio. Na aplicação de provas, por exemplo, sempre fui acompanhado por um
intérprete de Língua Brasileira de Sinais”, confirma.
O
material para alunos com deficiência visual é adaptado para a mídia magnética
utilizada em computadores com sintetizadores de voz. Já os alunos surdos contam
com as vídeo-aulas com intérpretes de Libras e textos corrigidos sob
critérios especiais. “Nós estimulamos, por exemplo, os alunos com deficiência
visual a caminhar nos campi com autonomia, norteados pelo piso tátil.
Também estamos sempre atentos às solicitações dos polos de todo Brasil sobre
atendimento educacional de alunos com deficiência”, conta Leomar.
O
SIANEE tem 20 colaboradores preparados para esse trabalho, sendo 14 intérpretes
de Libras.
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