Um
dos principais problemas da Educação Básica no país, a dificuldade de leitura e
escrita é motivo constante de preocupação entre os educadores. Dados da
Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) mostram que mais da metade dos alunos
do 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública têm níveis de leitura
considerados insuficientes. Quando se trata da escrita, mais de um terço estão
defasados. São estudantes que estão matriculados e frequentam a escola
diariamente, mas não sabem ler e escrever como deveriam. Em alguns casos, sabem
ler, mas não compreendem o que lêem; em outros, escrevem, mas cometem erros
básicos de ortografia e gramática.
A
avaliação nacional, realizada em 2016 com mais de 2 milhões de crianças, aponta
que 55% dos alunos tiveram desempenho insuficiente em leitura e 34% em escrita.
Cenários como esses dificultam o trabalho de erradicação do analfabetismo e
contribuem para a perpetuação de estatísticas alarmantes como as divulgadas
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Paraná, a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), de 2016,
apontou que existem 403 mil analfabetos no estado. O que representa 4,5% da
população paranaense. Melhorar essa realidade exige uma estratégia que elimine
o mal a partir da raiz.
Especialistas
afirmam que os problemas começam com processos inadequados de alfabetização. A
supervisora editorial da Editora Positivo, Silvia Dumont, afirma que a
alfabetização deve ser construída por meio de atividades que levem à reflexão
sobre a língua, sobre seu uso, criando significados que façam sentido para a
criança. “Escola e professores devem criar novos contextos para a aprendizagem
da leitura e da escrita, situações que valorizem o sentido dessas práticas
culturais, bem como os interesses, as linguagens e as culturas infantis”,
explica Silvia. Segundo ela, é preciso construir um ambiente de letramento, de
imersão e diálogo criativo com a cultura escrita, no qual ela seja alvo de
interesse, pesquisa e muitas reflexões por parte das crianças.
Não
existe solução mágica, a não ser envolver professores e alunos, fazendo com que
os primeiros entendam que a alfabetização não deve ser um mero processo
mecânico de decodificação da língua, mas que é preciso atrair as crianças,
despertando a visão crítica e fazendo com que elas compreendam o que estão
lendo e escrevendo. E, para ajudar a melhorar esse cenário e obter os
resultados esperados, a Editora Positivo lança um programa de letramento e
alfabetização voltado para alunos que ainda não estão alfabetizados ou que
apresentam defasagem de alfabetização.
O Letrix
oferece às escolas assessoria pedagógica para envolver os professores nessa
missão. As instituições que contratarem o programa terão acesso a orientações
voltadas para os docentes por meio de 40 vídeo-aulas específicas sobre as
unidades dos livros, avaliações de entrada e de saída, além de suporte online e
via telefone.
Um
dos diferenciais do programa é estar alinhado às novas gerações de estudantes.
Tanto a proposta pedagógica, quanto o projeto gráfico, conversam com o universo
de jogos e elementos presentes no dia a dia dos alunos, nativos digitais, com
algum acesso, mesmo que mínimo, às tecnologias digitais. O projeto gráfico do
material, de vanguarda, aproxima o conteúdo dos alunos. “A Editora Positivo
trouxe a gameficação
para dentro das páginas dos livros, o que deve despertar o interesse por parte
dos alunos e engaja-los no processo de aprendizagem da leitura”, destaca Damila
Bonato, Gerente de Produtos. Com as orientações em vídeos, os professores
poderão se preparar para as aulas e traçar novas estratégias.
Podendo
ser adotado por escolas públicas e privadas, o programa está dividido em duas
etapas. O Letrix 1 propõe um trabalho de letramento mais simples: os gêneros
trabalhados apresentam menor complexidade, as propostas de leitura e
compreensão dos textos também são menos desafiadoras. O foco é maior na
alfabetização, na compreensão do sistema alfabético de escrita. Já o Letrix 2
mantém as atividades de reflexão sobre a escrita e sistematização desse
sistema. Além disso, propõe um trabalho mais intenso de letramento, com textos
de gêneros mais complexos e propostas de leitura e compreensão progressivamente
mais desafiadores. "Dessa forma, sendo desafiado, o aluno com dificuldade
acaba encontrando motivação para avançar e alcançar melhores desempenhos",
garante Silvia.
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